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A arte das Giocondas foi matéria da revista Carta Capital no caderno QI Estilo. Leia aqui a publicação na íntegra.

QUINZE GERAÇÕES DEPOIS DA MONA LISA, DUAS PRINCESAS DE SANGUE PRODUZEM NA TOSCANA UM CHIANTI QUE FAZ SORRIR*

A vinícola Tenute Guicciardini Strozzi explora desde o ano de 994 seus vinhedos milenares na região de Chianti, na Toscana. É uma dessas adegas familiares que, ao longo dos séculos, foram abrindo novos mercados sem, no entanto, abandonar o esmero de uma tradição artesanal na produção de vinhos com corpo e alma.

Mais que isso, os Guicciardini Strozzi, representados hoje pelas irmãs Irina e Natalia, que dirigem a propriedade, podem reivindicar para seus vinhos uma nobreza fundada na arte. Irina e Natalia são a 15ª geração da familia de Lisa Gherardini, a provável inspiração para o mais famoso e enigmático sorriso da História. Lisa, a Mona Lisa, ou La Gioconda, consagra assim, o vínculo do sangue com matizes da uva. A protagonista da tela de Leonardo da Vinci desposou um rico comerciante de Florença, Francesco del Giocondo – daí o apelido – e o casal deu início a uma estirpe de famílias nobres e endinheiradas. Irina e Natalia possuem, as duas, o título de princesa.

Rapapés nobiliárquicos à parte, a vinícola Guicciardini Strozzi é celebrada por um portifolio primoroso, com quatro rótulos de tintos e um espumante brut, este elaborado com 100% da principal uva local, a Vernaccia di San Gimignano. Na linha de frente dos tintos há dois supertoscanos, o Millani, generosamente frutado e de aroma intenso (399 reais a garrafa, pela importadora Itália Mais), e o Sódole, de um rubi igualmente vibrante, com repouso de um ano em barrica de carvalho (334 reais). Da Vinci, um frenético frequentador de tabernas, haveria de apreciar a arte contida nessas garrafas.

Fonte: Revista Carta Capital – Caderno QI/ Estilo